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domingo, 14 de junho de 2015

Pico Saci - 14 de junho de 2015

   Essa é pra aprender a não mexer com baixinhos. 

   E entrando para as TOP 05 no nível dificuldade e superação apresentamos: 

   Pico Saci: 1.340 m de altitude.


  Bem baixo perto do que já subimos, mas foi um baita aprendizado sobre não subestimar a montanha independente da altitude. 

   Com a ajuda e as dicas do amigo Mildo, traçamos um destino para o domingo, saímos de casa as 04:00h da manhã (era pra ser as 03:00 mas quem diz que o dorminhoco do Luís consegui acordar.... hehe). E foi assim: Araucária -> Curitiba -> descida da serra (Com o tempo abrindo) -> Morretes -> Antonina -> e a infinita estrada pra bairro. 

   Chegamos à fazenda perto das 07:00h bem depois do que tínhamos planejado, mas mesmo assim sem demora começamos a caminhar pela estradinha de terra (a mesma estradinha que leva à piscina dos elefantes e as janelas da Conceição e cotia). Pouco antes da bifurcação pra piscina dos elefantes saímos da estrada e pegamos uma trilha à direita, os primeiros minutos são bem tranquilos, trilha bem aberta, pois essa trilha também leva a cachoeira do rio saci, um lugar bastante frequentado. 
   Mas logo a alegria acaba e saímos da trilha principal e entramos no mato, ai começa o montanhismo ao pé letra: Subida interminável (em meio a uma linda e densa mata atlântica), trilha fechada, enrosco de todo lado, passamos por uns lugares bem bacanas com o antigo aqueduto que levava água do rio saci até a piscina dos elefantes, as torres de alta tensão que descem serra abaixo. Em meio a tudo isso, fomos percebendo que quanto mais andávamos mais longe parecíamos estar do tal cume do Saci. 

   Ventava como nunca tínhamos visto antes... A distancia aparente do cume e o vento forte nos despertou a vontade de desistir. Mas foi uma vontade passageira e assim continuamos nossa caminhada... Paredões, florestas e cristas de montanhas... 

   Durante o percurso cruzamos com um monte de coco que a primeira vista parecia ser de cavalo, cavalo naquele lugar? Impossível! Mas depois de chegar em casa pesquisamos e descobrimos que na verdade era coco de Anta, isso mesmo, Anta, que nem sabia ainda existir em nossas florestas. Incrível.


 ANTA

"A anta brasileira (Tapirus terrestris) é um mamífero terrestre da família Tapiridae. Trata-se do maior mamífero da América do Sul. Geralmente as fêmeas são maiores, medindo até 2 m de comprimento, 1 m de altura e pesando até 300 kg.
O corpo da anta brasileira tem o formato parecido com a dos porcos, porém têm um tom de pele mais acinzentado. Seus pêlos são curtos e macios e não cobrem o corpo inteiro. Seus pés traseiros têm 3 dedos, enquanto os dianteiros apresentam um quarto dedo, um pouco reduzido. Sua cauda é fina e curta. No lugar dos lábios superiores, as antas apresentam uma pequena tromba, de até 17 cm, preênsil e flexível. Na tromba existem pêlos sensíveis à umidade e a cheiro.
A anta brasileira, aqui descrita, na verdade é encontrada em toda a América do Sul, exceto no Chile e no Uruguai. No Brasil, são mais encontradas nas áreas próximas aos rios Paraná e Paraguai, na bacia do rio da Prata e na bacia do rio Amazonas. As antas sempre estão próximas aos rios por que é neles que ela prefere se esconder de predadores. É uma ótima nadadora.
As antas têm hábitos noturnos, permanecendo escondida na floresta durante a noite. São animais herbívoros, alimentando-se de frutas, folhas, grama, ramos, brotos, caules, cascas de árvores e plantas aquáticas.
Eventualmente pastam em plantações de arroz, cana-de-açúcar, milho, entre outras. As antas costumam demarcar seu território graças a uma glândula facial que libera um odor típico por onde ela passa. Os machos da espécie demarcam seu território urinando sempre nos mesmos lugares. Além disso, emitem estalidos, assobios e bufos em diferentes situações.
Esses animais são solitários, formando casais somente na época da reprodução. Nessa época, os machos emitem estridentes assobios para atrair as fêmeas. O casal pode copular dentro ou fora da água. Logo após, o casal se separa.
A gestação dura entre 390 e 400 dias, nascendo um filhote a cada gestação, salvo raras exceções. Ao nascer, os filhotes são rajados de branco e marrom, coloração que permanece por 5 meses. Enquanto a mãe produzir leite o filhote é amamentado. Adquire a mesma aparência dos adultos por volta de um ano e meio.
Os predadores das antas são as sucuris e as onças, além do homem, que a caça pela sua carne muito apreciada. A anta é um animal pacífico, tímido, e indefeso em relação ao homem. Não existem informações precisas sobre a expectativa de vida das antas em seu habitat natural, embora em cativeiro ela chegue aos 35 anos."


   E assim foi entre enrosco, pulando pedras, subindo por o que um dia foi chamado de corda.

    













Depois de 7 longas, maravilhosas e bem desfrutadas horas chegamos ao cume do longínquo e “pequeno” SACI. 

   Ventava como nunca tínhamos visto antes, mas fora isso o visual era 360º, ficamos no cume por + ou – 1 hora.


   
   Começamos o retorno, árduo retorno, diga-se de passagem, com direto a câmera fotográfica perdida (do Luís), uma imensa cobra “jaracuçu” bem no meio da trilha, onde perdemos uns 30 minutos ate conseguir passar com segurança.

COBRA JARARACUÇU

Se você pensa em fazer uma lista das cobras mais perigosas e as que você deve temer de verdade, a Cobra Jararacuçu é uma das que deve encabeçar o topo das suas anotações. Altamente venenosa, sua beleza não deixa de assustar ao saber que esta cobra pode matar um homem adulto com a mesma facilidade que uma facada ou uma bala o faria. Seu nome mais conhecido é jararaca, uma cobra que vive em ambiente nacional.
Geralmente encontrada em tom de pele acinzentado, a Cobra Jararacuçu é uma das cobras brasileiras mais perigosas. Conhecida também por forte, pode comer até um boi inteiro e uma vaca, já sendo encontrada devorando capivaras e outros animais de grande porte para uma vaca. Mas não  é por poder comer uma vaca que ela se alimenta deste animal sempre. Pode ser encontrada também se alimentando de roedores, alimento comuns aos répteis deste espécime.
O veneno da Cobra Jararacuçu é um dos mais venenosos encontrados entre as cobras brasileiras. Sua cura pode ser obtida com o soro, já produzido e encontrado em hospitais nacionais.

  
Logo após a cobra escureceu e resto da trilha foi noturno com direito a dois perdidos um deles em meio a um infernal bambuzal. 

    E depois de 05:30 chegamos ao carro, ralados, arranhados, mas com uma felicidade incrível, por ter vencido mais um desafio... 
Por: Josimar Cubis

Fotos:  https://photos.app.goo.gl/qUjqMoWsYZPm8YeX7