Trilha NOTURNA e de ATAQUE???
- Isso mesmo.
Participante: Edson (Solo)
Sempre ouvi falar dessas placas que havia no pico do Cirrica,
e quanto era difícil o caminho, horas e horas interminável de trilha em mata
fechada, sem contar um paredão de pedra na ultima subida antes do pico.
Ano passado resolvi me desafiar indo fazer esse acampamento,
arrumei minha cargueira e fui sozinho, apesar de meu amigo Josimar falar que
era loucura tentar fazer essa a trilha que era considerada uma das mais
difíceis, ainda mais sem conhecê-la.
Mas louco como sou lá fui eu (Apesar de fazer isso sozinho
não aconselho a ninguém a fazer trilhas sozinhos, pois não estamos livre de
acidente) uma chuva imensa no meio da trilha e, com muito custo cheguei no
pico, feliz por ter realizado com êxito o trajeto peguei a câmera para bater
algumas fotos, e lá vem a surpresa, a câmera estava sem cartão de memória,
conclusão não pude tirar fotos e aquilo ficou engasgado, e prometi pra mim
mesmo que voltaria lá.
Depois de um tempo recebi um convite dos meus amigos Josimar
e Luís para fazer o PP de atack, e lá fui eu, trilha completada com sucesso, no
dia seguinte percebi que estava com fôlego para tentar algo mais longo, e o que
me venho à cabeça, e isso mesmo Cirrica, esperei a chegada da minha folga, fui
ao mercado comprei a comida, preparei a mochila de atack, e fui descansar um
pouco, pois queria sair de madrugada.
Quando acordei tempo nublado, pensei:
- Só vou perder meu tempo lá não vai ter visual, voltei a
dormir, mas o sono não vem, rolando de um lado para o outro, pensado no atack,
levantei abri a janela o tempo estava querendo abrir.
Nessa hora minha esposa cansada querendo dormir falou:
-Vá fazer!
Tenho certeza que ela falou isso para que ela pudesse dormir
sossegada, e assim vesti minhas botas e fui.
Sai de casa a meia noite, transito tranquilo, cheguei à
fazenda por volta da uma hora, e comecei a subir, uma experiência nova, pois
nunca havia feito uma trilha a noite, mas encarei, e assim fui encarar a
trilha.
Sem noção de espaço e muito menos de trilha, à parte mais
difícil foi quando cheguei a corda, e terrível não ter noção a onde esta o
chão.
E quando estava no meio do caminho parei e me perguntei:
- O que estou fazendo aqui sozinho feito um louco.
Nessa hora passei por uma clareira e pude ver o céu, sem
nuvens todo estrelado, e a minha pergunta foi respondida, um céu lindo como há
muito tempo eu não via, e ali fiquei por alguns minutos e assim continuei, mas
agora revigorado, e assim o dia foi nascendo, e na ultima clareira antes do
paredão pude acompanhar o nascer do sol, e se para o meu objetivo.
Exatamente às 8 horas cheguei a meu destino, um dia lindo.
Preparei a comida, dessa vez muitas fotos, mas já era hora
de voltar.
Às 9 horas comecei a descer, e assim foi ate chegar à bifurcação,
e lá cheguei a as 2 da tarde, e o dia lindo, e ainda com folego pensei:
- Por que não dar uma passadinha no Camapuã e bater umas
fotos.
Ai foi uma decisão errada, aquele dia lindo começou a
fechar, um vento forte, mas mesmo assim continuei, e quando cheguei ao pico
começou uma chuva muito forte, que nem pude bater as fotos que tanto queria,
então comecei a descer e voltar para o carro.
Com a alma lavada, nítida mente lavada, troquei de roupa
entrei no carro e voltei para casa.
Por: Edson Grisafis
