Travessia Araçatuba - Monte Crista - 1,2 e 3 de Março de 2014

Enfim realizada...

Mapa da Travessia

Participantes: Getúlio Vorgeta
                       Josimar Cubis

No começo éramos uns 4 ou 5 para realizar essa travessia, mas no final só restou eu, foi quando faltando 2 dias pra travessia o Getúlio me ligou confirmando sua presença...
E foi assim só eu e o Getúlio mesmo...

1º dia
Começamos bem cedo umas 04:30hrs da manhã da fazenda na base do Araçatuba, subimos boa parte do Araçatuba no escuro, por volta das 07:00hrs já estávamos no cume do Araça.

Getúlio no Cume do Araçatuba

Hora de assinar o caderno dar uma bela descansada e bora rumo ao Baleia, me lembro que dá vez passada que tentamos fazer a travessia, a descida do Araçatuba rumo ao Baleia foi terrível: Chuva, barro e mato e uma Baita descida no meio de um bambuzal imenso.

Mas dessa vez foi diferente a descida foi diferente, tempo aberto, sem barro, só os bambus que continuam lá.

Getúlio no vale entre o Araçatuba e o Baleia

Logo passamos o vale e chegamos ao cume do Baleia. Apenas algumas fotos e bora rumo ao Moreia,

Cume do Baleia - Moreia a frente

No vale entre o Baleia e o Moreia paramos pra fazer um lanche e decidir se contornaríamos o Moreia ou iríamos ao cume, o Getúlio Decidiu por irmos pelo cume, subida forte e bem ingrime mas vencemos sem maiores dificuldades o logo chegamos a mais um cume, de onde deu pra ver o que tínhamos pela frente.mais algumas e vamos que vamos descer o Moreia rumo a comfloresta.

Subindo o Moreia

Descida rápida e por volta das 14:00hrs estávamos nas estradinhas da comfloresta, dai pra frente é pinus e estrada pra todo lado, é quase impossível saber que rumo tomar sem a ajuda de um GPS, andamos por cerca de 3 horas até encontrar um bom local pra montar acampamento.

Acampamos num antigo abrigo da comfloresta, local coberto e perto de um rio, onde pudemos tomar banho e pegar agua fresca.
Ai foi só esperar o Getúlio preparar uma deliciosa janta, com direito a polenta com carne seca....Simplesmente a melhor comida de montanha que já comi...Parabéns Getúlio.

2º Dia.
Acordamos um pouco tarde e começamos a caminhar por volta das 09:00 da manhã, esse segundo dia é um dia meio monótono, praticamente o dia todos andando pelas estradas da comfloresta e entre os pinos e eucaliptos, depois de muito andar a gente começa a perceber como é grande a área de plantação da comfloresta.

Já se passavam das 15:00hrs quando chegamos a um rio que praticamente é a divisão da comfloresta com os campo do Quiriri, paramos pra nos refrescar e almoçar, foi quando uma nuvem de neblina começou a tomar conta de tudo, hora de segui pro nosso próximo destino o Marco da Divisa (coloca em 1916 para selar um acordo de paz entre os estados do Paraná e Santa Catarina),

Ai fechou de vez, perdemos contato visual com tudo, mal conseguíamos vimos apenas umas vacas perdidas na neblina, que inclusive nos seguiram por um tempo... Andamos e andamos até que chegamos ao marco da divisa, fizemos uma parada rápida.

Marco da Divisa

Já estava ficando frio e começou a garoar, somente algumas fotos e segue em frente, aproveitar o pouco de luz restante e achar um bom lugar pra acampar, mas não conseguimos e logo anoiteceu, a garoa e o frio só aumentaram, tivemos que andar até as 20:00hrs pra achar um lugar protegido e + ou - plano pra acampar.
Nesse dia a janta não foi coletiva por causa do frio, apenas uma comida rápida e logo fomos dormir.

3º Dia
Ultimo dia e também o mais punk, acordamos por volta das 07:00hrs, e logo pudemos ver que acampamos quase no pé do Bradador (morro da antena).

Acampamento desmontado e vamos que vamos subir o bradador, logo chegamos ao cume que estava fechado, nas deu pra tirar umas fotos e marcar mais um cume pra travessia.

Cume do Bradador (Morro da antena)

Agora é descer sentido fazenda "Alto Quiriri", passamos pelo lago próximo a fazenda e seguimos sentido Pedra do lagarto.

Fazenda Alto Quiriri

Paradinha rápida pra comer, enquanto comíamos apareceram alguns montanhistas, que diziam estar vindo de uma gruta ou caverna, nos deram a diga de como conhecer o lugar e como passaríamos perto por que não?

Campos e mais campos de altitudes era o que víamos pra todo lindo, uma das mais belas paisagens que já vi.

Chegamos a Pedra do Lagarto por volta das 13:00hrs, paradinha rápida e bora seguir agora finalmente sentido Monte Crista.

Pedra do Lagarto

Por varias vezes tentamos achar a trilha pra tal gruta, mais nada de acha-la, quando já tínhamos desistido decidi seguir um pouco em uma trilha, que saia a esquerda da trilha principal, e adivinhem achei a gruta, volte pra chamar o Getúlio, então entramos na gruta, um lugar gigantesco em baixo de um emaranhado de pedra, um lugar cheio de misticismo que muitos acreditam ser umas das entradas pra terra oca (uma civilização avançada que vive no centro da terra).

Nessa gruta o pessoal de Joinville - SC criou um tipo de base de montanha, com direito a agua, fogão feito de pedra, panelas, etc. A gruta fica em local protegido da chuva e vento e tem uma área plana onde cabem varias barracas. Mais uma atração conhecida e hora de segui em frente.

Caverna (Gruta)

Já se passavam das 16:00 e o Monte Crista ainda estava longe, acreditem a pedra do Lagarto fica bem, mais bem longe do Monte Crista...

Monte Crista ao fundo (entre as nuvens)

Continuamos andando, chegamos em local conhecido como Cabeluda que nada mais é que uma área de acampamento, dali o Monte crista já está próximo, seguimos e logo encontramos as pedra empilhadas  que fazem parte do antigo caminho dos Ambrosios, alguns acreditam que esse caminho foi feito pelos incas e é uma ligação até Machu Pichu, o fato é que agora iríamos seguir essa estradinha até o final da nossa travessia, andamos por mais uma hora e enfim chegamos ao tão sonhado Monte Crista...

Caminho do Peabiru

Travessia realizada? Ainda não tínhamos mais umas 5 horas de caminhada até a fazenda que fica na base do Crista. Poderíamos ficar por ali e terminar a travessia no dia seguinte, mas como começou a chover e a ficar frio, não quisemos ter o trabalho de montar outro acampamento abaixo de agua, então decidimos começar a descer sentido fazenda.
Quando começamos a descer já se passavam das 18:00 e devido a chuva logo escureceu, a trilha já estava um sabão, escorrendo agua e toda erodida, alias, muito erodida, imaginem isso sem luz natural, apenas com lanternas. A descida foi muitíssimo árdua, ouso inclusive afirmar ter sido a parte mais sofrida da travessia, já não tínhamos mais forças, nem vontade de estar ali, só queríamos terminar logo, mais andávamos e andávamos e nunca acabava.
Enfim exatamente as 23:58hrs chegamos a ponte pênsil, que fica na fazenda na base do crista, ai foi só alegria e felicidade...

Final

Conseguimos concluir a travessia sãos e salvos. Ai foi só se limpar e voltar pra casa, Voltamos de Garuva com um táxi que já estava agendado, subimos até Tijucas do Sul onde tinha ficado o Jipe do Getúlio, tentamos achar um posto aberto pra comer alguma coisa, mas não encontramos, por voltas das 02:00hrs o Getúlio me deixou em frente a Kraft em Curitiba onde um amigo meu amigo Augusto me resgatou e me levou pra casa.

GETÚLIO, obrigado pela companhia e pela paciência por ter me aturado por 3 dias...

2014 Começou excelente... Que venham as próximas...

Segue as fotos

https://photos.app.goo.gl/UBLEheKdNC8dN2vQ7